Conheça a Integração Lavoura-Pecuária: uma poderosa aliada na redução da emissão de gases de efeito estufa
Segundo o agropecuarista Agenor Vicente Pelissa, a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) é uma prática agrícola que combina a produção de grãos com a criação de animais em um mesmo espaço. Essa abordagem vem ganhando força no Brasil e em outros países por promover o uso mais eficiente do solo e por contribuir para a sustentabilidade ambiental. Um dos principais benefícios dessa integração é a redução da emissão de gases de efeito estufa, que são os principais responsáveis pelo aquecimento global. Neste artigo, veremos como essa prática pode ser uma importante aliada no combate às mudanças climáticas.
Como a ILP reduz a emissão de metano?
A emissão de metano, um dos gases mais prejudiciais ao meio ambiente, está fortemente ligada à pecuária, especialmente ao processo digestivo dos animais ruminantes, dos quais os bovinos fazem parte. Na ILP, os animais são introduzidos em áreas onde a colheita já foi feita, utilizando os restos da plantação como alimento. Isso não só melhora a nutrição dos animais, mas também reduz a necessidade de desmatamento para pastagens, um dos maiores fatores de emissão de metano e dióxido de carbono. Além disso, como menciona o produtor rural Agenor Vicente Pelissa, a rotação entre lavoura e pastagem ajuda a melhorar a qualidade do solo, aumentando sua capacidade de reter carbono.
Outro ponto importante é o uso de pastagens melhoradas, que são mais nutritivas e favorecem um crescimento mais rápido e saudável dos animais. Esse crescimento reduz o tempo que os animais passam no campo, diminuindo a quantidade de metano emitido ao longo de sua vida. Segundo destaca o empresário rural Agenor Vicente Pelissa, com menos tempo no pasto, há também uma menor necessidade de expansão das áreas de pecuária, contribuindo diretamente para a conservação das florestas e a redução do desmatamento.
De que forma a fixação de carbono pelo solo é beneficiada?
De acordo com o agricultor Agenor Vicente Pelissa, a Integração Lavoura-Pecuária também tem um papel significativo na fixação de carbono pelo solo, processo essencial para a redução dos gases de efeito estufa. Quando se alterna a plantação de grãos com o pastejo dos animais, o solo passa a receber uma maior quantidade de matéria orgânica, proveniente tanto dos resíduos da colheita quanto do esterco dos animais. Essa matéria orgânica é fundamental para a melhoria da estrutura do solo, tornando-o mais fértil e aumentando sua capacidade de sequestrar carbono da atmosfera.
Ademais, a presença constante de cobertura vegetal, seja pela lavoura ou pela pastagem, evita a erosão e a degradação do solo, que são fatores que contribuem para a liberação de carbono. Com um solo mais rico e saudável, as plantas conseguem captar mais CO₂, retirando-o da atmosfera e armazenando-o em suas raízes e na matéria orgânica. Assim, a prática contribui não só para a produtividade, mas também para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
O impacto da Integração Lavoura-Pecuária na eficiência do uso da terra
Ao utilizar o mesmo espaço para produção de grãos e criação de animais, os produtores conseguem maximizar o uso da área sem a já citada necessidade de novas aberturas de terra, que geralmente implicam em desmatamento. Essa prática permite que a mesma área produza mais alimentos e, ao mesmo tempo, contribua para a recuperação e conservação dos recursos naturais, como o solo e a água.
Como frisa o agropecuarista Agenor Vicente Pelissa, outro aspecto positivo é que a integração facilita o manejo do solo, ajudando a controlar pragas e doenças de maneira mais natural. Com isso, reduz-se a necessidade de defensivos químicos, o que também contribui para uma menor emissão de gases e uma agricultura mais limpa e sustentável.
A Integração Lavoura-Pecuária como uma aliada poderosa do meio ambiente
Dessa forma, a Integração Lavoura-Pecuária surge como uma solução promissora para enfrentar um dos maiores desafios da agricultura moderna. Ao combinar práticas agrícolas com a criação de animais de forma inteligente e sustentável, é possível não apenas aumentar a produtividade, mas também cuidar do solo, das florestas e da atmosfera. Essa integração mostra que, com planejamento e manejo adequado, é possível alcançar uma produção agropecuária mais equilibrada e comprometida com a preservação ambiental, contribuindo diretamente para a mitigação das mudanças climáticas.