A educação do século XXI vive um dos momentos mais desafiadores e fascinantes da sua história, informa o empresário especialista em educação Sergio Bento de Araujo. Nunca antes a tecnologia esteve tão presente nas salas de aula, nem os estudantes tiveram tanto acesso à informação. Porém, mais do que aprender a usar ferramentas digitais, o grande desafio está em dar sentido ao aprendizado, formar cidadãos capazes de pensar, criar e agir com propósito.
O aprendizado só ganha valor quando desperta consciência e autonomia, e a tecnologia é apenas o meio, o que realmente transforma é o modo como ela é usada para estimular o raciocínio, a empatia e a curiosidade.
Venha neste artigo compreender o papel da instituição de ensino nas inovações de tecnologia e como devemos preparar os professores para o futuro.
A escola como espaço de construção de sentido
Durante muito tempo, o modelo tradicional de ensino priorizou a memorização e a repetição. Hoje, o foco está em construir conhecimento de forma ativa, conectando o conteúdo à vida real e ao contexto dos alunos. A escola deixa de ser o lugar onde se “decora para a prova” e passa a ser um laboratório de experiências, criatividade e resolução de problemas.
A tecnologia potencializa esse processo ao oferecer recursos que aproximam os alunos da prática e do mundo, com o uso de plataformas interativas, vídeos educativos, simulações em 3D, robótica e jogos digitais criam ambientes de aprendizagem envolventes. Essas ferramentas despertam o interesse e ajudam o estudante a compreender o porquê de cada tema, transformando o estudo em uma jornada de descoberta.
Sergio Bento de Araujo destaca que o papel do educador é essencial nesse processo. O professor não perde espaço para a tecnologia, ele ganha protagonismo como mediador da experiência de aprender.
Da informação ao conhecimento: o papel da criticidade
Vivemos em um tempo de excesso de dados e escassez de reflexão. Com a velocidade da internet e das redes sociais, o aluno tem acesso a milhões de informações, mas isso não significa que saiba interpretá-las. Por isso, o foco da educação contemporânea deve ser o desenvolvimento da consciência crítica.
O estudante precisa aprender a analisar fontes, comparar perspectivas e construir seu próprio ponto de vista. A tecnologia pode ser uma aliada nesse processo quando usada de forma guiada, estimulando a pesquisa, o debate e a colaboração. A educação digital, portanto, não se resume ao uso de computadores e aplicativos, ela envolve formar leitores críticos do mundo, capazes de distinguir o verdadeiro do superficial e de usar o conhecimento com responsabilidade social.
Criatividade como ferramenta de transformação
A criatividade, muitas vezes associada apenas às artes, é hoje uma das principais competências do futuro. Ela se manifesta em qualquer área do conhecimento, da ciência à tecnologia, e se fortalece quando o estudante é desafiado a resolver problemas reais.

Com o apoio de metodologias ativas, como projetos interdisciplinares e aprendizagem baseada em desafios, as escolas estão desenvolvendo ambientes que estimulam o pensamento criativo e empreendedor. Esses espaços permitem que o aluno experimente, erre, ajuste e tente de novo, um processo natural e essencial para o aprendizado verdadeiro.
Sergio Bento de Araujo pontua que a criatividade nasce do propósito. Quando o aluno entende a razão do que faz, ele passa a criar com intenção, e não apenas com curiosidade.
Tecnologia e empatia: o equilíbrio necessário
A tecnologia deve ser usada não para substituir o contato humano, mas para ampliar o alcance da empatia e da colaboração. O ensino híbrido, as salas virtuais e os grupos de trabalho online permitem que estudantes de diferentes regiões compartilhem experiências e construam juntos o conhecimento, explica Sergio Bento de Araujo.
Esse processo desperta habilidades socioemocionais, como cooperação, respeito e solidariedade, qualidades indispensáveis para uma sociedade mais justa e consciente. Quando o estudante aprende a ouvir o outro, argumentar e respeitar opiniões diferentes, ele se torna um cidadão preparado para o mundo. A missão da educação moderna, portanto, é equilibrar o digital e o humano, com isso a tecnologia é o instrumento, o ser humano continua sendo o propósito.
Aprender com propósito é aprender para transformar
Formar cidadãos críticos e criativos exige mais do que modernizar a infraestrutura escolar, exige reconectar o ensino com o sentido da vida. O aprendizado precisa dialogar com os desafios contemporâneos: sustentabilidade, inclusão, ética e tecnologia. A sala de aula deve ser um espaço de construção coletiva, onde cada aluno reconhece o valor do conhecimento e o impacto das próprias ações no mundo.
O empresário Sergio Bento de Araujo considera que o futuro da educação está na capacidade de unir mente e propósito, razão e emoção, e o verdadeiro avanço não está apenas em dominar ferramentas digitais, mas em usar o conhecimento para gerar impacto positivo na sociedade. Aprender com propósito é, portanto, mais do que preparar para o mercado, é formar pessoas conscientes, criativas e comprometidas com o bem comum. E é essa visão que define a nova geração de educadores e estudantes: aprender não é acumular informação, é transformar o mundo a partir de dentro.
Autor: Alexey Orlov