Incentivos fiscais e políticas de transição energética em países da OCDE: Leonardo Manzan discute lições para o Brasil

Alexey Orlov
Alexey Orlov 5 Min Read
Leonardo Manzan apresenta experiências internacionais da OCDE em incentivos fiscais para energia limpa.

Leonardo Manzan, empresário atuante no setor de energia, analisa que o debate sobre incentivos fiscais e políticas de transição energética tem ganhado destaque em todo o mundo, especialmente entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).  A  experiência internacional oferece importantes lições para o Brasil e busca consolidar um ambiente regulatório favorável à expansão de fontes renováveis. A implementação de mecanismos tributários adequados pode acelerar investimentos e fortalecer a matriz energética nacional.

Segundo relatórios internacionais, países como Alemanha, Dinamarca e Canadá conseguiram alinhar políticas fiscais a metas ambientais de longo prazo. A combinação de isenções tributárias, subsídios e marcos regulatórios claros proporcionou um aumento significativo na participação de energias renováveis, reduzindo as emissões e estimulando a inovação tecnológica no setor energético.

O Brasil pode aprender com modelos da OCDE em políticas de transição energética, aponta Leonardo Manzan.
O Brasil pode aprender com modelos da OCDE em políticas de transição energética, aponta Leonardo Manzan.

Experiências internacionais bem-sucedidas exemplificadas por Leonardo Manzan

Leonardo Manzan exemplifica que a Alemanha é um exemplo notável de como incentivos fiscais bem estruturados podem transformar o setor. Programas de créditos tributários e tarifas diferenciadas estimularam a geração solar e eólica, atraindo investidores e consolidando a indústria local. Essa estratégia foi acompanhada de forte regulação, o que garantiu previsibilidade e segurança jurídica para os agentes envolvidos.

É possível ressaltar também o caso da Dinamarca, que alcançou uma das matrizes mais limpas do mundo ao combinar políticas fiscais com investimentos públicos em pesquisa. Além dos benefícios tributários, o país apostou em parcerias com universidades e empresas privadas, ampliando a competitividade da indústria e criando um modelo replicável em outras nações.

@leonardosiademanzan

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Desafios enfrentados pelos países da OCDE

Leonardo Manzan aponta que, apesar dos resultados positivos, os países da OCDE também enfrentaram obstáculos na implementação dessas políticas. Em muitos casos, a concessão de subsídios foi alvo de críticas por gerar desequilíbrios de mercado ou onerar excessivamente os cofres públicos. Além disso, o processo de adaptação da legislação tributária às novas tecnologias exigiu reformas constantes, nem sempre acompanhadas pela velocidade da inovação.

Analisa-se que outro desafio comum é equilibrar os incentivos com a arrecadação fiscal. Embora as isenções estimulem investimentos, elas também reduzem receitas estatais, exigindo ajustes no orçamento e na política tributária. Esse dilema evidencia a necessidade de planejamento de longo prazo e de mecanismos de avaliação contínua para mensurar os impactos das medidas.

Oportunidades para o Brasil

Leonardo Manzan nota que o Brasil possui potencial expressivo para adotar boas práticas inspiradas na experiência da OCDE. A diversidade da matriz energética, com destaque para a força das fontes hidráulica, solar e eólica, cria condições favoráveis para implementar políticas de incentivo que estimulem ainda mais a transição para energias limpas. A criação de créditos tributários específicos para projetos inovadores, por exemplo, pode atrair capital estrangeiro e impulsionar a competitividade nacional.

Salienta-se que, além dos incentivos fiscais, o país precisa investir em segurança regulatória. A previsibilidade das regras e a clareza dos procedimentos junto a órgãos como a ANEEL e o Banco Central são essenciais para reduzir riscos e estimular novos projetos. A experiência internacional demonstra que a confiança dos investidores está diretamente ligada à estabilidade normativa.

Caminhos para a transição energética brasileira

Leonardo Manzan evidencia que o Brasil deve adotar uma abordagem equilibrada, combinando incentivos fiscais com políticas de eficiência energética e inovação tecnológica. Isso inclui tanto a expansão de parques eólicos e solares quanto o fortalecimento de projetos de armazenamento de energia e redes inteligentes.

Comenta-se ainda que a cooperação internacional pode desempenhar papel decisivo nesse processo. Parcerias com países da OCDE permitem a troca de conhecimentos, o acesso a financiamento e a incorporação de práticas regulatórias modernas. Ao alinhar-se a essas experiências, o Brasil não apenas acelera sua transição energética, mas também reforça seu protagonismo no cenário global de sustentabilidade.

Autor: Alexey Orlov

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