Nem sempre o melhor jogador vence! Entenda o segredo por trás das vitórias no tênis

Alexey Orlov
Alexey Orlov 5 Min Read
Lucio Fernandes Winck

O CEO Lucio Winck aponta que técnica refinada, força física e preparo tático não garantem a vitória no tênis. O esporte é uma arena onde o imponderável tem voz: a sorte de uma bola na fita, o calor que muda a dinâmica do jogo, o grito da torcida em um momento decisivo, ou o simples estado mental do jogador. Vencer não é só sobre desempenho, mas sim sobre segurar o invisível.

Alguns dos maiores jogos da história foram vencidos por atletas que, no papel, não eram os melhores em quadra. É que no tênis, ao contrário de esportes coletivos, não há para onde fugir: tudo passa pelo jogador. Se o vento muda, o psicológico treme ou o adversário resolve jogar solto, o cenário vira. Por isso, entender o tênis é aceitar que o inesperado não é exceção, é parte do jogo.

Como a mente pesa mais do que o braço na hora H?

Durante uma partida equilibrada, é comum ver o jogador mais técnico travar diante de um ponto decisivo, explica o CEO Lucio Winck. O motivo raramente está na raquete, mas na cabeça. Ansiedade, frustração e expectativa se misturam num tipo de tensão que não aparece nas estatísticas. E aí, muitas vezes, o tenista que aparentava estar em desvantagem ganha confiança por justamente não carregar o peso de ser “o melhor”.

É por isso que o controle emocional é tratado com a mesma importância que o saque ou a movimentação. Treinadores, psicólogos esportivos e até rituais pessoais entram em cena para manter a mente no presente. Quem vence não é o que pensa mais, mas o que pensa melhor, com clareza, foco e frieza nos momentos críticos. E isso, muitas vezes, é o que separa um campeão de um favorito.

Lucio Fernandes Winck
Lucio Fernandes Winck

A sorte influencia mais do que a gente gosta de admitir?

É desconfortável pensar dessa forma, mas sim! A sorte também exerce seu papel no tênis, ressalta o CEO Lucio Winck. Uma bola que toca na linha por milímetros, um escorregão do adversário, uma chamada do juiz, esses detalhes minúsculos podem mudar o rumo de uma partida. E mesmo os profissionais sabem que nem tudo está sob controle. Faz parte da mágica (e da frustração) do esporte.

O tênis, nesse sentido, é cruel e justo ao mesmo tempo. Cruel, porque castiga mesmo os mais preparados. Justo, porque oferece brechas para quem sabe aproveitar o momento certo. A sorte não escolhe lados, mas favorece os atentos. Saber reagir a um ponto improvável é tão importante quanto executá-lo com perfeição, portanto, apesar da sorte estar em jogo, o jogador precisa saber lidar com os possíveis imprevistos.

O que mais pode virar o jogo sem que ninguém perceba?

O CEO Lucio Winck explica que fatores externos, muitas vezes ignorados pelo público, interferem diretamente no resultado. O clima, por exemplo, afeta o quique da bola e a resistência física. Uma partida sob sol escaldante exige mais do corpo e altera completamente a estratégia. Já a torcida pode jogar junto, ou contra. Vaias e aplausos mexem com o emocional e, em jogos longos, fazem diferença.

Até o tempo de espera entre jogos pode ser decisivo. Um atleta que vem embalado de vitórias pode perder o ritmo com dias de pausa, enquanto outro, mais descansado, entra com tudo. São variáveis que escapam da análise técnica, mas definem partidas. O tênis é, em sua essência, um jogo onde o invisível pesa. E o jogador que aprende a enxergar isso sempre entra com vantagem.

Muito além do ranking

No tênis, vencer não é simplesmente provar que se é o melhor. É navegar entre variáveis que vão da mente ao ambiente, da sorte ao desgaste físico. Conforme destaca o CEO Lucio Winck, essa imprevisibilidade é o que torna o esporte tão fascinante, e também tão cruel. Não basta jogar bem. É preciso estar pronto para o que não se pode prever. O tênis nos lembra que o fator humano ainda comanda o jogo. E que, às vezes, é justamente isso que faz o esporte valer a pena.

Autor: Alexey Orlov

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