Para o senhor Aldo Vendramin, com a crescente busca por práticas agrícolas mais sustentáveis e econômicas, a produção caseira de biofertilizantes vem se tornando uma alternativa promissora para pequenos produtores rurais. Esses fertilizantes naturais são feitos a partir de materiais orgânicos e micro-organismos que enriquecem o solo de forma ecológica e acessível. Além de reduzir a dependência de produtos químicos, eles ajudam a melhorar a estrutura e a fertilidade do solo, promovendo colheitas mais saudáveis.
Será que realmente vale a pena investir nesse tipo de produção? Saiba tudo sobre o assunto abaixo:
O que são biofertilizantes e como funcionam no solo?
Biofertilizantes são substâncias orgânicas líquidas ou sólidas produzidas a partir da fermentação de resíduos vegetais, esterco, restos de alimentos e micro-organismos benéficos. Eles contêm nutrientes essenciais como nitrogênio, fósforo e potássio, além de compostos que estimulam o crescimento das plantas. Como demonstra Aldo Vendramin, diferente dos fertilizantes químicos, os biofertilizantes atuam também na melhoria da microbiota do solo, promovendo o equilíbrio biológico.

No solo, os biofertilizantes funcionam como catalisadores naturais, ativando processos biológicos que fortalecem as raízes e estimulam o desenvolvimento das culturas. Além disso, eles ajudam na retenção de água e na fixação de nutrientes que, de outra forma, seriam perdidos com a irrigação ou erosão. Pequenos produtores que utilizam esses produtos percebem ganhos tanto na qualidade quanto na quantidade da produção.
Quais são as técnicas simples para produzir biofertilizantes em casa?
A produção caseira de biofertilizantes pode ser feita com materiais facilmente disponíveis na propriedade, como esterco bovino, restos de frutas, folhas verdes e melaço de cana. Uma técnica bastante usada é a fermentação aeróbica ou anaeróbica, em bombonas plásticas com tampa. Basta misturar os ingredientes com água, adicionar um ativador biológico como o EM (Micro-organismos Eficientes) ou levedo de pão, e deixar fermentar por cerca de 15 a 20 dias.
Segundo o empresário Aldo Vendramin, outra técnica muito comum é o uso do biofertilizante tipo “chorume de compostagem”, feito a partir do líquido liberado na decomposição de materiais orgânicos. Esse produto é rico em nutrientes e pode ser recolhido em pequenos sistemas de compostagem com drenagem. Para quem tem acesso a fezes de animais como galinha ou coelho, também é possível criar misturas altamente nutritivas com a adição de cinzas, urina de vaca ou farinha de ossos.
Quais são os benefícios e desafios para pequenos produtores?
Os benefícios da produção caseira de biofertilizantes são diversos, especialmente para quem busca reduzir custos e aumentar a produtividade de forma sustentável. Além da economia com insumos agrícolas, o produtor consegue aproveitar resíduos que antes seriam descartados, promovendo o reaproveitamento e diminuindo o impacto ambiental. Conforme expõe Aldo Vendramin, outro ponto positivo é a autonomia que o agricultor adquire ao produzir seu próprio adubo, sem depender de fornecedores externos.
Por outro lado, é preciso lidar com alguns desafios, como o tempo necessário para a produção e a necessidade de atenção aos processos de fermentação. Erros na proporção dos ingredientes ou na higiene do recipiente podem comprometer a eficácia do produto. Além disso, é fundamental buscar informações confiáveis sobre as receitas e técnicas utilizadas, para garantir que o biofertilizante seja realmente benéfico para o solo. A adoção da prática exige dedicação, mas o retorno costuma compensar o esforço.
Conclui-se assim que a produção caseira de biofertilizantes é uma alternativa viável, econômica e sustentável para pequenos produtores que desejam melhorar a fertilidade do solo e reduzir custos com insumos. De acordo com o empresário Aldo Vendramin, com técnicas simples e o uso de materiais disponíveis na propriedade, é possível obter resultados expressivos na qualidade das lavouras e na produtividade. Vale a pena experimentar, a natureza agradece e a colheita retribui.
Autor: Alexey Orlov